sexta-feira, 6 de novembro de 2020

 

Voltar atrás? 

NÃO.

 




    Gostava que este texto servisse como um alerta.

   Como sabes, os antecedentes da CEE, que é a EU de hoje, fundam-se numa resposta duradoura à 2ª Guerra Mundial.

    É preciso não esquecermos o que está por detrás desta situação: o aparecimento em países como Portugal, Espanha, Alemanha, Itália e França de governos antidemocráticos, que governavam à margem da vontade do povo, que prendiam e até matavam pessoas que estavam em desacordo com o regime.

    O povo assim não podia evoluir no seu pensamento, na sua qualidade de vida, porque a pobreza ajudava a que esses regimes dominassem o poder durante muitos anos.

A HISTÓRIA REPETE-SE?

Tem a tendência a repetir-se. E já há sinais:  há muitos europeus descontentes com a Europa porque as promessas de prosperidade não chegaram a todos.

Começam, na Europa, a aparecer partidos e organizações políticas que estão a capitalizar esse descontentamento. Como? Colocando nos seus programas políticos a expressão do descontentamento do povo. Depois, apresentam-se a eleições e conseguem eleger deputados.

Com efeito, começámos por ter parlamentos onde todos os partidos defendiam regimes democráticos e estavam empenhados na construção da Europa unida para passarmos a ter parlamentos onde já existem partidos que pensam de forma diferente e querem, primeiro que tudo, afastar-se da União Europeia.

O QUE É QUE ISTO TEM A VER CONTIGO?

    Tem tudo, porque tu nasceste, cresces e estudas num país livre, onde podes expressar as tuas opiniões, onde tens acesso a toda a informação que faz de ti um ser consciente e racional.

    Enquanto professor, tenho acompanhado este processo com particular interesse e preocupação, e é nessa qualidade que deixo aqui um alerta.

    É preciso saber uma coisa muito importante: o Brexit, que todos nós lamentamos profundamente, começou num referendo, consulta ao povo, promovido por quem não queria sair da EU, queria apenas, com a derrota do Brexit, dar o sinal à comunidade política britânica que tinha o apoio do povo. Não teve! Este resultado alterou profundamente o curso da história do seu país e da União Europeia. Parece até patético: um amuo que, na verdade teve as consequências que conhecemos.

Não foi a decisão política que provocou a situação: foi o voto do povo britânico. Portanto: partindo de um Estado Democrático consolidado, essa circunstância pode ser alterada pela vontade do povo.

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